Paz

Acordei com o barulho das gaivotas,abri os olhos e fiquei algum tempo a olhar o tecto da tenda.Levantei-me e abri um pouco os fechos senti a brisa da manhã a passar-me pela cara,o céu estava um pouco cinzento mas não me preocupei porque ainda era cedo.Fiquei ali parada com metade do corpo fora da tenda e a outra metade lá dentro,observei cada pormenor daquele sitio mágico memorizei cada tom de azul que coloria o mar,memorizei o cheiro que pairava no ar,memorizei cada som que as gaivotas faziam é tudo tão...tão maravilhoso que é difícil acreditar que é real que não estou a sonhar.Mas mais difícil ainda é ir embora,deixar aquele sitio para trás.Porque ali criam-se sonhos,cria-se um porto de abrigo onde podemos ser nós mesmo e andar á vontade sem termos de nos preocupar com o que vestimos,se estamos penteados.Pois ninguém nos conhece e nós não conhece-mos ninguém,pois ali os olhares são breves,as palavras são poucas e a paz é infinita.